sábado, 3 de abril de 2010

Voluntariado


Estamos precisando de voluntários para o projeto; pessoas com garra, vontade de aprender e ajudar, enfim, participar da construção de um mundo melhor. Jovens que estejam dispostos a dedicar parte de seu tempo participando de uma causa maior. Interessados podem entrar em contato pelo e-mail kaks19@hotmail.com

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Palestra sobre mudanças climáticas



Eduardo Alesander foi convidado pelo ONU a dar uma palestra sobre mudanças climáticas na Escola Secundária Conêgo Jacinto situada no bairro da Varzêa na Cidade da Praia. Da esquerda para a direita: Eduardo, Paola (representante do Programa de Voluntariado das Nações Unidas), Zélia (diretora do Ministério da Juventude e Desporto), Mário (diretor da escola), Geremias (voluntário do Ministério da Juventude e Desporto) e Zeca (professor da disciplina Homem e Ambiente).
Na outra foto, os alunos que se mostraram muito interessados, tiram dúvidas relacionadas ao tema.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Descaso com o meio ambiente




Atualmente todos os resíduos sólidos do país são despejados em lixões sem qualquer tipo de tratamento. Além da falta de informação da população, há um enorme desperdício de material que poderia ser reutilizado ou reciclado.

domingo, 1 de novembro de 2009

Dados sobre o Cabo Verde e sua população

Área total: 4.033 km2.

População: 434.625 (Censo 2000).

Situação geográfica: arquipélago formado por 10 ilhas principais (uma delas, Santa Luzia, é desabitada) e cinco ilhotas (Branco, Raso, Grande, Luís Carneiro, e Cima). Situa-se a cerca de 500 km do Cabo Verde, na costa do atual Senegal, e a 2600 km de Natal, no Brasil. Acima do paralelo 16 N estão as Ilhas de Barlavento, isto é, situadas na direção de onde sopram os ventos, vindos de noroeste, do Saara. Estes ventos secos tornam árido o clima de ilhas como Sal e Boa Vista. As ilhas ao sul e a ilha de Santo Antão são mais úmidas.

Capital: cidade de Praia (106.634 hab. em 2000), na ilha de Santiago. Outras cidades: Mindelo (62.970 hab., na ilha de São Vicente), Tarrafal (18 mil hab., em Santiago), Porto Novo (em Santo Antão), Santa Maria (ilha do Sal), São Filipe (na ilha do Fogo). Divisão administrativa: 17 municipalidades (concelhos).

Grupos étnicos: mais de 70% da população é de mestiços de portugueses com africanos; há 28% negros e 1% de brancos.

Distribuição populacional: cerca de metade da população do arquipélago reside na ilha de Santiago. Boa Vista, devido ao clima mais seco, é a de menor densidade demográfica. As freqüentes secas acarretaram por diversas vezes fome e a morte ou migração de habitantes das ilhas. Hoje, há mais caboverdianos residindo no exterior do que no próprio país.

Línguas: Português (oficial) e dialeto crioulo do português (falado no dia-a-dia pela maioria da população, variando entre as ilhas).

Analfabetismo: 23,4%, índice bem melhor que o de países do Sahel (região ao sul do Saara) e da zona subsaariana, como Guiné-Bissau, Guiné, Gâmbia, Senegal e Mauritânia.

Relevo: Sal, onde se situa o aeroporto internacional, é a mais plana das ilhas - seu ponto mais alto atinge 406 m de altitude. As outras ilhas são mais montanhosas. O ponto mais alto é o Vulcão do Fogo, ainda ativo, na ilha de mesmo nome com 2.829 m.

Clima: nas ilhas mais próximas ao continente africano o clima é árido, de deserto. Na maioria das outras ilhas é semi-árido e em algumas como Santo Antão, é mais úmido, permitindo maior abundância de vegetação. As secas prolongadas e os ventos secos que trazem areia prejudicam os cultivos - apenas cerca de 10% do território é cultivável. O verão é quente e seco. As chuvas concentram-se entre agosto e outubro.

Economia: As ilhas têm poucos recursos naturais e a agricultura sofre prejuízos com secas prolongadas e escassez de depósitos de água para irrigação. Predomina o setor terciário, com o comércio, transportes, turismo e serviços públicos representando quase 72% do PIB. Apesar de grande parte da população residir em zonas rurais, a agricultura representa apenas 9,5% do PIB. Os principais produtos são o café, batata, milho, cana-de-açúcar, legumes, banana e outras frutas, fumo, coco, tâmaras e amendoim. A pesca (principalmente de lagosta e atum) tem grande potencial, pouco explorado (1,5% do PIB). Pecuária: caprinos (110 mil); suínos (470 mil); bovinos (21,5 mil); ovinos (8,8 mil). O país importa cerca de 80% dos alimentos que consome.A indústria é de pequena escala e produz produtos alimentícios, bebidas, peixe congelado, calçados, sal. Também opera reparos em navios. Na mineração, são explorados pequenos depósitos de pozolana (usada para fabricar cimento) e salinas.

Turismo: o país recebe um expressivo número de turistas europeus, principalmente italianos, seguidos dos portugueses. E tem a oferecer as paisagens diversificadas de suas ilhas (incluindo o vulcão da ilha do Fogo), praias (como as da ilha do Sal), locais de mergulho e sítios históricos (como a Cidade Velha, na ilha de Santiago). O Carnaval, na cidade do Mindelo, é também muito popular. O Aeroporto Amílcar Cabral, inaugurado em 2003 na ilha do Sal, serve de porta de entrada para o turismo e também como escala para vôos entre a Europa e a América do Sul (há também um vôo da TACV para a cidade de Fortaleza, no Brasil). Outra fonte considerável de receitas são as remessas anuais de caboverdianos residentes no exterior, equivalente a 20% do PIB do país. PIB (2002): US% 600 milhões. Exportações: US$ 50,68 milhões FOB. Importações: US$ 315 milhões (2003). Principais parceiros comerciais: Portugal (31% das exportações e 47,1% das importações), França (27,6 % das exportações), Reino Unido, EUA, Holanda, Bélgica.Moeda: Escudo de Cabo Verde (CVE). Cotação em 26.10.2004: US$ 1,00 = 88,92 CVE; 1 Euro = 113,47 CVE; 1 Real = 31 CVE; 1 Iene = 0,84 CVE; 1 Franco CFA = 0,17 CVE; 1 Rand Áfr. Sul = 14,36 CVE; 1,00 £ = 163 CVE.

Transportes: Rodovias: 1100 km, sendo 80% pavimentadas (estimativa 1999). Portos: Mindelo, Praia, Tarrafal. Aeroportos: 7. Somente 4 em operação, sendo 1 internacional (Amílcar Cabral, na ilha do Sal). Ferrovias: não há

Comunicação: Rádios: 15 FM e 17 retransmissoras (2002). Estações de TV: 1, com 7 retransmissores. Telefones (2003): 71.700 fixos e 53.300 móveis. Usuários de Internet: 20.400 (est. 2003)

A história de Cabo Verde

A história de Cabo Verde inicia-se com a descoberta européia do arquipélago em 1496, podendo dividir-se em duas grandes etapas: a colonial (até 1975) e a independente (até aos nossos dias).Sua colonização iniciou-se, ainda noséculo XV, pela ilha de Santiago, em sua parte sul, junto à baía onde fundaram as embarcações de Vasco da Gama a caminho da Índia, na Ribeira Grande. Foi empregado o sistema decapitania, com mão-de-obra oriunda da vizinha costa da Guiné, para a cultura de cana-de-açúcar, algodão e árvores frutíferas. A posição estratégica do arquipélago no âmbito das rotas atlânticas entre a Europa, a América e a África, contribuíram nos séculos seguintes para o seu desenvolvimento como entreposto comercial e de aprovisionamento, nomeadamente o tráfico de escravos para o Brasil, a região do Caribe e o sul dos Estados Unidos da América. Neste século, os principais itens da pauta de exportações das ilhas são peles, couros, sebo, algodão, cavalos, açúcar, frutas, tartarugas, milho, aguardente, tabaco, âmbar, óleo, sementes de purgueira, sal, além da reexportação de tecidos para o continente africano.

Em 1817 é aberta a primeira escola primária oficial na Praia e os ingleses trazem os cabos telegráficos submarinos até ao porto de São Vicente, ligados à Madeira, à Europa e ao Brasil. Sete anos depois, os cabos foram estendidos até à Praia, ligando-a igualmente à Europa e à África Oriental.

Em 1876 é abolido o tráfico de escravos e o interesse pelo arquipélago decresceu, situação que só se inverteria no século XX, após a Segunda Guerra Mundial.

A partir de 1950, com o surgimento dos movimentos de independência dos povos africanos, a colônia portuguesa do Cabo Verde vinculou-se à luta pela libertação da Guiné Portuguesa(atual Guiné-Bissau). Em 1956 o intelectual cabo-verdiano Amílcar Cabral fundou em Bissau o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Exilado em Conacri, ali criou uma delegação e sede do partido. O líder foi assassinado em 1973. Em 1974, após aRevolução dos Cravos, que depôs a ditadura em Portugal, Cabo Verde obteve a sua independência em 5 de Julho de 1975.

Cabo Verde e a Guiné-Bissau formaram países separados mas governados pelo mesmo partido único de orientaçãomarxista, o PAIGC. O líder do partido em Cabo Verde, Aristides Pereira, foi empossado como primeiro presidente do novo país. O plano de unificação política de Cabo Verde com a Guiné-Bissau fracassou em 1980, devido ao golpe militar que, naquele país depôs o presidente Luís de Almeida Cabral - irmão de Amílcar Cabral. A ala cabo-verdiana do PAIGC rompeu com a da Guiné-Bissau e passou a se chamar Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV). As relações diplomáticas com Guiné-Bissau foram rompidas logo em seguida, para serem reatadas dois anos mais tarde

Em 1990 começou a transição democrática com o fim do regime de partido único. Anteriormente, o PAICV renunciara às idéias marxistas. Em 1992 o país ganhou uma Constituiçãodemocrática. Nas eleições parlamentares de 2001, o PAICV obteve 40 das 72 cadeiras da Assembléia Nacional. O líder do partido, José Maria Neves foi indicado como Primeiro-Ministro. Atualmente o governo é uma República Parlamentarista e seu Presidente éPedro Verona Rodrigues Pires desde 2001. É um dos países africanos com democracia mais estável.